Resumo
O Terror, enquanto género, tem-se vindo a disseminar e, parece que, a assegurar entusiastas no mundo inteiro. Tem-lhe sido redescoberto o potencial de gerar lucro, tanto no circuito comercial como no independente. É versátil ao ponto de se metamorfosear consoante os novos tempos, as novas formas de se pensar e percepcionar o mundo. O Terror não morre. É omnipresente. É universal.
E em Portugal? Que produção existe de Terror no país? Que filmes de produção nacional foram feitos? Que cineastas portugueses ingressaram no género? Portugal permanece, pelo menos superficialmente, à margem desta realidade, mesmo tendo dois grandes festivais do género no país: Fantasporto e MOTELx. Neste sentido, impera a necessidade de um estudo sobre a produção de Cinema de Terror Português. Compreender o que foi feito e o que ficou por fazer é perceber que caminho seguir.
É, ainda, importante que se perceba o Terror como produto de uma mudança social. Vivemos numa era tecnológica - é a cultura do digital, do imediato e do cómodo -, novas formas se assumem no que respeita à visualização de filmes. Neste sentido, parece urgente que se questionem e estudem estas novas plataformas, nas quais assentam os filmes e os seus realizadores.
É precisamente a estas questões que o presente estudo procura dar resposta, após uma análise cuidada das mesmas. Que se escrutine o Terror Português. Que se descubra o Terror Português e que outros possam voltar a estudá-lo.
Abstract
Horror, as genre, has been spreading and, it seems, securing enthusiasts worldwide. It has been rediscovered it’s potential to generate profit in both commercial and independent circuits. It is versatile to the point that it can metamorphose according to the new times, new ways of thinking and viewing the world. Horror does not die. It is ubiquitous. It is universal.
What about Portugal? What Horror production exists in the country? Which Portuguese Horror movies were made? Which Portuguese filmmakers embraced the genre? Portugal remains, at least superficially, outside of this reality even though it has two major festivals of its kind in the country: Fantasporto and MOTELx. Little is known and it is in this sense that prevails the urge for a study like this one: the Study of Portuguese Horror Cinema. To understand what was, and what remains to be done, is to realize which path to go.
It is also important to comprehend Horror as a product of social change. We live in a technological age. It is the culture of digital, the instant and the convenient. New forms are claimed regarding the making and the watching of the movies and it seems urgent to understand this tendency.